Se você chegou até
esse blog, é porque provavelmente você deseja aprender inglês, certo? Bem,
creio que não necessariamente. Pode ser que você esteja apenas buscando algum
conteúdo específico para fazer uma atividade escolar, por exemplo, já que você
precisa de nota para ser aprovado na escola. Ou ainda estava buscando por algo
que não seja necessariamente o inglês mas cujo conteúdo esteja no blog, como
por exemplo como baixar
músicas do Youtube sem programas, entre outros.
Além disso, você
pode também fazer parte de outro grupo: o de pessoas que chegaram até aqui com
a intenção de aprender
inglês, porém sente dificuldade ou acha que não está evoluindo
nessa “missão”. Você nessas horas talvez se pergunte: “o que estou fazendo de
errado que não consigo
aprender inglês?”, ou ainda “Porque eu não aprendo inglês?”, ou perguntas do
tipo. Bem, não sou guru, não tenho todas as respostas, porém vou tentar
expressar aqui minha opinião pessoal, combinada com alguns textos de sites
internacionais que li sobre o tema, para tentar elucidar melhor essa questão.

Antes de iniciar,
quero deixar claro que cada caso é um caso, e o que se aplica para um pode não
se aplicar a outro. Se você concorda, discorda, tem outras ideias a
acrescentar, por favor, deixe comentário, para que possamos assim fazer uma
discussão “saudável” sobre este tema. Seguem os itens:
1. A maioria
das pessoas não se dedica o suficiente. Eu sei,
você não vive em função do inglês. Você talvez trabalhe, estude, tenha filho ou
irmão menor para criar, enfim, você tem uma vida. Não estou dizendo também que
você deve deixar de sair, de fazer suas atividades rotineiras para estudar
inglês. Mas pense por um momento: com certeza existem coisas que você adora
fazer, e dependendo do caso, faria um grande esforço para isso. Vou dar um
exemplo clássico: as pessoas que desfilam no carnaval. Elas passam o ano todo se
preparando, costurando, ensaiando para chegar o mês de fevereiro e fazer uma
apresentação que dura cerca de 80 minutos. Não estou julgando ninguém, apesar
de não gostar de carnaval, mas quero dizer que isso sim é um exemplo de
dedicação. As pessoas se dedicam porque gostam do que estão fazendo, então não
se importam de fazer isso todo dia, ou pelo menos algumas horas por semana,
pois isso é um hobby para elas. Com o inglês deve ser parecido: devemos tentar
fazer dele um hobby. Não deixe de fazer suas atividades rotineiras,
principalmente do lazer, pois senão você sentirá que está ‘abrindo mão’ de algo
e inconscientemente você ficará “com raiva”. Sugiro que você, pelo menos a
princípio, diminua o seu tempo em outras atividades e reserve para o estudo do
inglês. Por exemplo: você pode assistir menos TV, ficar menos tempo no
computador, entre outras coisas que você porventura possa fazer, para se
dedicar ao aprendizado do idioma;
2. O eterno
medo de errar: admita, você tem sim medo de
errar, quer acertar tudo sempre, pois se importa, mesmo que um pouco apenas,
com “o que os outros vão pensar“.
Fique tranquilo, isso é normal, acontece com todo mundo, inclusive comigo às
vezes. Temos receio de que fiquem rindo de nós, ou no caso de estudar em turma,
de não conseguirmos acompanhar os colegas, de ficarmos para trás. Isso acaba
gerando um “bloqueio” mental que atrasa e dificulta o aprendizado. No entanto,
tenho uma boa notícia para você: as outras pessoas têm essas mesmas
preocupações! Ou seja, elas também não querem ser ridicularizadas e tal.
Portanto, tente “desencanar” disso, pois assim você ficará mais relaxado. O
importante é fazer a “roda girar”, ou seja, falar, escrever, ler, se comunicar,
para assim ganhar mais habilidade e confiança com o idioma. Se você nunca
tentar por medo de errar, nunca sairá do lugar. Pense comigo: você é fluente em
português, certo? Ou pelo menos consegue se comunicar de maneira satisfatória
nesse idioma. No entanto, tenho quase certeza que você vez ou outra comete
algum erro, seja na gramática, na concordância, ou no que for. Até mesmo os
experts erram, têm dúvidas, falham. A melhor cozinheira do mundo de vez em
quando deixa uma comida queimar, ou ainda põe sal demais. O Pelé, que é
considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos e fez mais de 1200
gols, também errou muito chute durante a sua carreira. Acho que você entendeu
onde eu quis chegar, não é? “A
prática conduz à perfeição“, diz o ditado. Não o acho totalmente
verdadeiro, pois jamais seremos perfeitos. Eu diria que “a prática conduz ao aperfeiçoamento”,
o que é diferente. Falando em ditados, vou citar mais um: “uma jornada de mil quilômetros começa com
o primeiro passo“.
Portanto, pratique o inglês sempre que possível, mesmo que não esteja indo lá
muito bem no começo. Tenha em mente que você vai melhorando aos poucos, um
passo de cada vez. Faça como o Joel Santana, que em 2009 era treinador da
África do Sul e ao dar uma entrevista após um jogo contra o Iraque, falou “do
jeito dele”, porém se fez entender. Quem já viu pode ver novamente, e quem não
viu ainda veja agora:
Ele foi bastante
“zoado” na internet, foi alvo de críticas e tal, mas pelo menos ele tentou. O
Denilso de Lima, do blog Inglês
na Ponta da Língua, fez um post “defendendo” o Joel e a sua coragem por ter se
expressar numa língua que ele não dominava. No final, ele deu a volta por cima
e até ganhou dinheiro com propaganda!
3. Falta de
motivação: esse tópico tem a ver com o
primeiro. Vamos imaginar a seguinte situação. Você é fanático por futebol e é
época de Copa do Mundo. Você, assim como a maioria das pessoas, irá “parar
tudo” o que está fazendo para assistir à partida da seleção. Provavelmente se
reunirá com a família, amigos, colegas de trabalho, etc. Quando a seleção fizer
um gol, vai ser aquela alegria, pulo, canto, festa. Resumindo, isso é uma coisa
que te deixa altamente motivado para fazer (a menos, é claro, que você não
goste de futebol). O exemplo do carnaval mencionado acima também ilustra
claramente o que quero dizer. Já ao estudar inglês, você talvez não tenha essa
mesma motivação. Pode ser que você não veja utilidade no aprendizado, ou ainda
pode ver, mas está fazendo por obrigação (o chefe ameaçou te despedir se você
não aprender inglês é um bom exemplo). Resumindo, como qualquer coisa na vida,
você fará com mais vontade e mais bem feito se estiver empolgado. Sugiro que
você leia o post 5 dicas para
tornar o aprendizado do inglês mais divertido, onde dei algumas
dicas que podem lhe ajudar;
4. Achar que
vai ser rápido: vivemos num mundo cada vez mais
“acelerado”, onde a cultura do “imediatismo” está dominando. Duvida? Pense
então na “agonia” que você sente quando a sua internet está lenta, ou então
quando você solicita algo em uma loja, por exemplo, e lhe dão um prazo
“extenso” (por extenso nesse caso me refiro entre 5 a 7 dias) para entrega. A
facilidade de comunicação, onde mandamos uma mensagem e já temos resposta na
hora, nos deixou com essa “ânsia” de querermos tudo “para ontem”. Antigamente o
ritmo era mais devagar. Para se comunicar com alguém de longe, se usava
principalmente cartas, que tinham que ser escritas, postadas no correio, mais o
tempo para chegar, a outra pessoa ler, responder e voltar. Esse processo todo
poderia levar em torno de 20 dias, o que é impensável atualmente. Por isso, boa
parte das pessoas imaginam/desejam/querem aprender inglês “para ontem” também.
No entanto, podemos dizer que aprender um idioma é igual “plantar uma semente”
no seu cérebro. Ela precisa ser “regada”, cuidada, estimulada para que possa
crescer. Porém todo esse processo leva tempo (anos, para ser mais exato). No
entanto, boa parte dos alunos, após 3 meses de curso, ao verem que não estão
experts no idioma, começam a desanimar. Pense comigo: quando você era criança,
você levou anos para aprender a falar o seu idioma, correto? O que te faz crer
que um idioma que é totalmente estranho a você, será aprendido em pouco tempo?
5. Culpar
terceiros pelo seu aprendizado: admita: você é o
principal responsável pelo sucesso ou pelo fracasso do seu aprendizado. Você
pode estudar na melhor escola do mundo, porém se não estiver muito afim, não
irá adiantar muito. Pode acontecer, claro de o método/escola que você está
tentando aprender não seja o mais adequado para você. Ainda assim, cabe a você identificar se a
maneira atual que você está utilizando para aprender está surtindo efeito, e
caso contrário, “reajustar”, seja mudando de escola, estudando por outro
método, etc. Tem gente que aprende sozinho (autodidatas), já outros precisam de
apoio constante. Isso vai variar em cada caso, e cabe a você identificar o seu
perfil para poder se adequar a ele.
Bem, eu teria mais
coisas para falar, mas vou ficando por aqui. Me disseram essa semana que sou prolixo, e estou começando a achar que a pessoa tinha
razão (risos). Como textos de apoio, a quem se interessar, deixo este e este link, de
outros sites que falam sobre o tema.
Até mais,
Ueritom
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